Tristão e Isolda

Poema de Isolda

"Meu rosto em teu olhar e, o teu, no meu reflete
e do manto do rosto o coração se reveste.
um par de hemisférios que melhor se complete
onde há, sem norte ou declinante oeste?
Em desigualdade tudo o que morre está
se nosso amor é um só e formamos um par
de amor tão igual e forte
ninguém morrerá" (Isolda)

O casal Tristão e Isolda é uma conhecida história amorosa da Idade Média, mostra uma relação entre o homem e a mulher, a sociedade cortês e impregnada de cavalaria dos séculos XII e XIII, baseada na tradição oral. Tendo uma importância literária comparável com as narrativas do Graal e do Rei Artur.

Tristão nasce no infortúnio. Seu pai acaba de morrer, e sua mãe, Brancaflor, não sobrevive ao seu nascimento. Daí o nome do herói, o matiz sombrio de sua vida e o céu tempestuoso que envolve a lenda. O rei Marc da Cornualha, irmão de Brancaflor, adota o órfão em sua corte e o educa.

Tristão está incumbido de levar Isolda, princesa da Irlanda, ao seu futuro esposo Marc. Durante a viagem apaixonam-se, pois acidentalmente bebem de um elixir do amor o qual fora destinado a Isolda e Marc. Os amantes rompem asconvenções tanto sociais quanto as leis religiosas. Esse amor é responsável por inúmeras desgraças aos dois e as pessoas a sua volta. A tragédia final culmina com a morte dos amantes.

1° Entronização (Elevação)

Motivo: Cobrança do tributo
Agente: Morholt / Marc
Veículo: Espada envenenada
(Três dias de luta)

Tristão morre como homem
Renasce como cavaleiro

2° Entronização (Elevação)

Motivo: Envenenamento
Agente: Isolda
Veículo: unguento

  
Epifania de Tristão: a música da harpa e o canto
Epifania de Isolda: a mulher em forma de andorinha

3° Entronização (Elevação) 

Motivo: buscar Isolda para Marc?
Salvar a Irlanda?
ganhar Isolda?

Agente: Dragão
Veículo: Veneno 

Tristão morre como cavaleiro
Renasce como herói

4° Entronização (Elevação)

Motivo: Envenenamento
Agente: Isolda
Veículo: unguento

Tristão morre como herói
Renasce como amante latente

4° Entronização (Elevação)

Motivo: amor-paixão

Agente: Isolda a Rainha/Brangien/
Isolda a loura
Veículo: “Vin herbé” (vinho Herbado)

Tristão morre como amante latente
Renasce como amante manifesto

  

A Espada 

Isolda estava caminhando com os leprosos em uma estrada que Tristão estava, e para sua felicidade ele a livrou daqueles malditos doentes. E fugiram para a floresta de Morois, viveram por lá dois anos, vagando de um lado para outro, até que o rei Marc descobrisse onde eles estavam, assim o rei tratou de fazer uma visita enquanto Tristão e Isolda dormiam juntos, entretanto a espada extremamente afiada de Tristão estava separando os dois, o rei Marc entendeu isso como garantia de guarda da castidade. Então trocou sua espada com a espada de Tristão. (O rei achou que havia cometido um grande erro, pois qualquer movimento de Tristão poderia feri-lo gravemente)

 

Amor: 

1. Sentimento que faz alguém querer o bem de outrem ou de alguma coisa
2. Afeto profundo, devoção de uma pessoa a outra (amor materno)
3. Sentimento terno e caloroso de uma pessoa por outra, inclusive de natureza física e sexual.

Paixão:

1. Emoção ou sentimento muito forte (amor, ódio, desejo etc.), capaz de alterar o comportamento, o raciocínio, a lucidez: Deixar-se levar pelas paixões
2. Amor ou atração (inclusive sexual) muito intensos: Tem paixão pela namorada
3. Grande entusiasmo; calor, emoção: Defendia suas ideias com paixão
4. Apego ou interesse obsessivos por algo:

"Estranho amor que fere quatro pessoas: cada um sofre e se aflinge, e todos vivem na tristeza sem encontrar a felicidade”

 

O senhor Marc possui o corpo de Isolda e o usa sempre que quer. Mas ela cede a contragosto e na humilhação, porque prefere Tristão, que só a ela ama. Isolda está a disposição do rei; ela lhe entrega o seu corpo; esta obrigação lhe é insuportável, porque não tem nenhuma afeição poe ele. Ele é seu marido e ela se resigna, mas todo seu desejo é por Tristão, que casou em terra estrangeira. Ela teme que o desespero seja a origem de sua decisão.

 

Tristão só tem desejo por Isolda a Loura e sabe bem que Marc faz dela o que quer, enquanto ele, Tristão, só experimenta prazer em sonhos e vãos desejos. Tristão tem a seu lado uma esposa que está proibida de o possuir porque ele não consegue amá-la a enhum preço e se recusa a fazer amor a contragosto. Isolda das Brancas Mãos, sua mulher, só será satisfeita por tristão, seu querido marido, que está lá, mas não demonstra por ela qualquer desejo; ela se sente frustrada em seu maior anseio. 

“Agora, aquele que sabe julgar pode dizer qual é o mais apaixonado e qual é o mais infeliz?”

I - Tristão e Isolda – é de origem céltica, a primeira versão do francês Chrétien de Troyes, restando apenas fragmentos. Eilhart von Oberge deu versão alemã à tragédia, mas a versão do alemão Gottfried von Strassburg entre 1202 e 1210, deu um caráter eminentemente moderno à obra.
II - Abelardo e Heloísa – a correspondência de Abelardo e Heloísa, datada do século XII.
III- Romeu e Julieta – publicado em 1595 por W. Shakespeare.
IV- Dom Quixote – Miguel de Cervantes Saavedra, 1615.
V - Werther e Carlota de Johann Wolfgang Von Goethe, 1774. Essas histórias, desde a Idade Média, povoaram o imaginário do ocidente. As representações do amor dizem muito sobre a sociedade e sua época.
 

Eu não sei se a vida é maior que a morte...

... mas o amor foi maior que ambas.